Depoimentos | Meire Ramos
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
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Meire Ramos
História de um médico que criou uma cidade
Há muito tempo, havia um homem muito inteligente, que de tão inteligente que era, passou a estudar e cuidar da cabeça humana, transformando-se em um cientista.
Por falar muitas línguas, ele se comunicava com todos os gênios do mundo, e rapidamente ganhou prestígio e fama, todos estavam interessados em suas pesquisas e conclusões sobre a raça humana. Ele se dedicava a curar os males da humanidade que levavam a dor, à tristeza e ao sofrimento.
Mas para que a sociedade fosse beneficiada, e ele pudesse avançar ainda mais, ele precisaria de um lugar amplo para que suas cobaias ficassem, um lugar que ele pudesse trabalhar diariamente sem ser incomodado.
Assim, o governo de seu país lhe concedeu uma enorme terra, para que ele construísse o lugar que achasse ideal para seu respeitoso trabalho, onde pudesse acomodar quantas cobaias achasse necessário, e também pudesse construir sua nobre casa.
Felicíssimo, o cientista logo tratou de construir toda uma vila, mas onde morariam apenas, aqueles, os quais ele abria suas cabeças. Estes, eram homens, mulheres e crianças que haviam nascido diferentes dos demais homens, mulheres e crianças de seu país, e que colocavam em risco o futuro de seu local. Eram eles, tímidos demais, ou extrovertidos demais, pervertidos demais, comunistas demais, bêbados demais , pobres demais e até negros demais.
Para compreender o que se passava com estas pessoas, o cientista criou métodos incríveis, e até conseguiu amenizar muitos problemas em suas vidas, apenas com banhos na temperatura e tempo que ele descobriu ideal, ou por meio de algumas doses de insulina em seus corpos e até retirando partes inadequadas de seus cérebros. Seus remédios os acalmavam, e podiam ter uma vida bem parecida com a das pessoas normais: acordavam, comiam, trabalhavam - dentro da vila eles podiam fazer muitos trabalhos, como plantar e colher- e dormiam; já não se revoltavam mais com a vida.
As famílias estavam contentes com os resultados e cada vez mais, eram enviadas outras pessoas desajustadas para tentarem ser curadas, e ninguém era rejeitado ali.
A vila também trouxe para sua redondeza um avanço positivo, com a chegada de parentes e trabalhadores, os arredores foram se desenvolvendo, com casa, igrejas e comércio. E tudo era muito promissor. Toda uma cidade cresceu em volta da vila, e até uma estação ferroviária foi construída para melhor deslocar os viajantes até lá.
Dizem que no auge da sua história, a vila possuía 17 mil cobaias, que puderam ser modificadas pelas mãos da ciência.
E em homenagem ao importante trabalho realizado por ele, a cidade que se construiu, recebeu seu honrado nome: Franco da Rocha.
Por falar muitas línguas, ele se comunicava com todos os gênios do mundo, e rapidamente ganhou prestígio e fama, todos estavam interessados em suas pesquisas e conclusões sobre a raça humana. Ele se dedicava a curar os males da humanidade que levavam a dor, à tristeza e ao sofrimento.
Mas para que a sociedade fosse beneficiada, e ele pudesse avançar ainda mais, ele precisaria de um lugar amplo para que suas cobaias ficassem, um lugar que ele pudesse trabalhar diariamente sem ser incomodado.
Assim, o governo de seu país lhe concedeu uma enorme terra, para que ele construísse o lugar que achasse ideal para seu respeitoso trabalho, onde pudesse acomodar quantas cobaias achasse necessário, e também pudesse construir sua nobre casa.
Felicíssimo, o cientista logo tratou de construir toda uma vila, mas onde morariam apenas, aqueles, os quais ele abria suas cabeças. Estes, eram homens, mulheres e crianças que haviam nascido diferentes dos demais homens, mulheres e crianças de seu país, e que colocavam em risco o futuro de seu local. Eram eles, tímidos demais, ou extrovertidos demais, pervertidos demais, comunistas demais, bêbados demais , pobres demais e até negros demais.
Para compreender o que se passava com estas pessoas, o cientista criou métodos incríveis, e até conseguiu amenizar muitos problemas em suas vidas, apenas com banhos na temperatura e tempo que ele descobriu ideal, ou por meio de algumas doses de insulina em seus corpos e até retirando partes inadequadas de seus cérebros. Seus remédios os acalmavam, e podiam ter uma vida bem parecida com a das pessoas normais: acordavam, comiam, trabalhavam - dentro da vila eles podiam fazer muitos trabalhos, como plantar e colher- e dormiam; já não se revoltavam mais com a vida.
As famílias estavam contentes com os resultados e cada vez mais, eram enviadas outras pessoas desajustadas para tentarem ser curadas, e ninguém era rejeitado ali.
A vila também trouxe para sua redondeza um avanço positivo, com a chegada de parentes e trabalhadores, os arredores foram se desenvolvendo, com casa, igrejas e comércio. E tudo era muito promissor. Toda uma cidade cresceu em volta da vila, e até uma estação ferroviária foi construída para melhor deslocar os viajantes até lá.
Dizem que no auge da sua história, a vila possuía 17 mil cobaias, que puderam ser modificadas pelas mãos da ciência.
E em homenagem ao importante trabalho realizado por ele, a cidade que se construiu, recebeu seu honrado nome: Franco da Rocha.